POETAS celebram vitória de repentista à Prefeitura de Tabira com mote de viola; confira!
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Tabira
Na cidade de Tabira, sertão do Pajeú, o poeta e
violeiro-repentista Sebastião Dias (PTB) fez história se elegendo prefeito da
cidade, com 7.553 votos contra 7.066 do atual prefeito Dinca Brandino
(PSB), que era considerado imbatível por muitos analistas políticos. A vitória
de Dias foi histórica e poética. Por isso, poetas pajeuzeiros como Zé
Adalberto, Paulo Matricó, Diomedes Mariano e Paulo Rabelo fizeram a sua análise
inspiradas na rima afiada. Em Tabira venceu a poesia. Confira!
POEMA
EM TABIRA, A VIOLA É VENCEDORA!
MOTE
FOI ASSIM QUE O IMPERIO DE TABIRA
SE RENDEU A VIOLA DE TIÃO
Poeta Zé Adalberto
A mudança se fez porque o povo
Não quer mais um poder que dá esmola
Nem aprova quem zomba da viola
Prometendo galinha e dando ovo
Decidiu escolher um rumo novo
Consciente da sua decisão
Pra mostrar que um tostão tem condição
De vencer um milhão, quanto é mentira
Foi assim que o “império de Tabira”
Se rendeu à viola de Tião!
Paulo Rabelo
Foi assim que a batalha terminou
A viola servindo de fuzil
A verdade por dentro do cantil
Nem um tiro sequer se disparou
O império do medo terminou
Pra reinar o império da união
E pra vencer o poder da opressão
O poder de Jesus serviu de mira
Foi assim que o império de Tabira
Se rendeu da viola de Tião.
Poeta Paulo Matricó
Eu não chamo de império, pois império
Pode ser governado com ternura
O que houve em Tabira é ditadura
Com algum agravante muito sério
Todos sabem, não é nem um mistério
Que o mandato é de corrupção
Mas o povo que vota tem razão
Ele bota e ele mesmo tira
Foi assim que o império de Tabira
Se rendeu à viola de Tião
Poeta Diomedes Mariano
Data sete de outubro a grande data,
Que Tabira por fim cerrou a grade
Que vivia prendendo a liberdade
Desta terra poética e tão pacata,
Quem curtiu os estalos da chibata
Vai ouvir os dobrados da canção,
Que combate arrogância e opressão,
Prepotência, esnobismo, ódio e mentira
FOI ASSIM QUE O IMPERIO DE TABIRA
SE RENDEU A VIOLA DE TIÂO
Quando o sete de outubro amanheceu
As pessoas felizes foram as ruas
Para usarem a maior da armas suas
Contra quem explorou e ofendeu
Foi aí que a viola apareceu
Como arma apontando a solução
Um poeta serviu de munição
A blasfêmia curvou-se a sua mira
FOI ASSIM QUE O IMPERIO DE TABIRA
SE RENDEU A VIOLA DE TIÃO.
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