A VEZ DO SINO
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Genildo Santana
Outro dia foi o aniversário da vice que
não convidou o prefeito. E foi uma semana de polêmica e até de debates.
Uns pró e outros contra. A política assumia a sua face mais
imbecilizante. MUITAS RISADAS VINDAS DE FORA…
Já anteriormente, por motivações políticas também, foi a cidade que comemorou 60 anos duas vezes. MAIS RISADAS VINDAS DE FORA.
Poucos meses atrás foi o suplente que
assumiu, por um mês apenas, e soltou uma manhã de fogos, com carreatas e
tudo. Depois de um mês, disse que voltaria com mandato próprio. AS
RISADAS FORAM DENTRO DESSA VEZ…
Agora é a vez do sino. Reclamaram da
altura. Depois do horário. O religioso cansou e cancelou todos os
anúncios da paróquia. Novamente uns pró e outros contra. Tomou conotação
política. Luiz gonzaga não mais canta a AVE MARIA SERTANEJA às seis
horas, a hora do Ângelus.
“OS SINOS DOBRAM POR UM MORTO E O MORTO É
DEUS” disse o poeta alemão HEINE. Uma paroquiana ameaçou não ir mais
pra Igreja se os sinos não voltarem. Ela ia por causa do sino?
Sinceramente, essas não fazem falta. O povo quer tomar a decisão de se
os sinos tocam ou não tocam. Por enquanto, estão calados. Quem reclamou
está gozando instantes de paz. Uns ficaram contra o padre, outros a
favor.
A discussão do sino é apenas pretexto. A
ponta do iceberg. O fato é que o povo anda meio impaciente. Impaciente
com as imbecilidades políticas. Sem paciência com um discurso religioso
que não lhe fala ao coração e não lhe conduz pelo bom caminho.
Impaciente com uma religião que não se preocupa com a vida concreta do
homem. Impaciente com o barulho que vem de todos os lados. Até dos lados
do sino da Igreja. Impaciente com uma polícia que não lhes protege, com
um poder judiciário sonolento.
Mas isso é o que se espera de uma cidade
que não optou pela educação e pelo silêncio. Tabira colhe os frutos por
ela mesma semeados. E TOME RISADA VINDA DE FORA…
Se os sinos voltam ou não voltam a
tocar, é indiferente. Se a paroquiana vai sair da igreja ou não, é
indiferente. Se ano que vem a vice vai convidar o prefeito ou não, é
indiferente. Se o vereador vai voltar com mandato próprio, é
indiferente. Afinal, um a mais não faz diferença.
O que faz diferença é se vamos optar por
uma educação e pelo silêncio ou não. Aqui está o X da questão. Enquanto
vivermos nessa sociedade do barulho, teremos esses “incidentes”.
Gosto do silêncio, porque gosto de
estudar. Música me faz bem, mas zoada me atordoa. Discuto política e é
por isso que renego essa politicagem. Mas Tabira é feito andorinha:
GOSTA DE IGREJA, MAS GOSTA DE BARULHO TAMBÉM.
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