Loja demite 24 funcionários em Serra Talhada e não paga direitos trabalhistas

Fotos: Alejandro Garcia / Farol

A Loja Elektra que chegou com grande estardalhaço em Serra Talhada demitiu na semana passada 24 funcionários sem pagar os direitos trabalhistas. O calote do grupo mexicano, também responsável pelo Banco Azteca, provocou um protesto dos funcionários nesta segunda-feira (18), na Rua Enock Ignácio, em frente a loja. Com cartazes e apitos, os funcionários cobraram o pagamento das rescisões.

“No dia sete deste mês a empresa comunicou a todos os funcionários que eles estavam sendo demitidos e até o momento não foi depositada nenhuma verba rescisória e estamos aqui lutando pelos nossos direitos e pedindo um apoio. Nós somos pais e mães de família, trabalhamos honestamente, tem funcionários que tinham cinco anos de empresa como eu. Outros funcionários têm dois anos, três anos de empresa e até agora nenhum real a gente recebeu. Isso é injusto com a gente que é trabalhador”, disse Rosália Florentino, que exercia o cargo de superintendente regional Elektra. “É uma empresa mexicana, que tem grande porte, é uma empresa que pode arcar com os trabalhadores e até agora nenhuma posição”, lamentou Rosália.

De acordo com a funcionária, também houveram demissões em Recife, Gravatá e Pesqueira, fechando um total de 580 demissões em Pernambuco.

“A empresa nos orientou para que fossemos ao sindicato para que o sindicato pudesse nos ajudar para liberar o FGTS e o seguro desemprego, mas só que a gente não quer só o FGTS e o seguro desemprego, isso já é nosso por direito por a gente ter prestado serviço à empresa”, disse Rosália Florentino, pedindo apoio das autoridades de Serra Talhada. ”

“O objetivo é para que as autoridades tenham ciência do que está acontecendo com a gente e possa nos dar um apoio. Só os funcionários não têm força para conseguir o nosso direito. Nós pedimos às autoridades, a quem for possível para que a gente possa conseguir os nossos direitos”, finalizou.